domingo, 16 de outubro de 2011

Proposta conjunta

Lida no início da assembleia popular de S. Bento, dia 15 de Outubro, às 19h

PROPOSTA CONJUNTA

Os grupos subscritores do manifesto do 15 de Outubro, que reuniram a 5 de Outubro para preparar esta manifestação em Lisboa e para propor a continuidade deste movimento internacional, vêm apresentar a esta Assembleia Popular a proposta aprovada para prosseguir esta luta contra a situação absolutamente inaceitável que nos dizem ser inevitável:

1) Apelar a todas as forças sociais, pessoas organizadas ou não, movimentos sociais, sindicatos, que se unam a esta luta internacional, que expressa a voz dos povos da Europa e do Mundo contra este regime económico e político de suicídio, profundamente antidemocrático, cuja consequência final é a destruição das sociedades e da vida das pessoas.

2) Ocupar esta praça de São Bento até amanhã, reunindo nova Assembleia Popular às 19h.

3) Apelar a iniciativas populares de desobediência civil pacífica, expressando a nossa contestação diária ao futuro negro que os ricos nos dizem ser o único possível.

4) Considerando as políticas económicas e sociais deste governo, em tudo idênticas, mas ainda mais agravadas em relação aos governos anteriores, no que diz respeito ao encerramento de escolas e centros de saúde, à destruição do Serviço Nacional de Saúde, ao aumento das tarifas dos transportes públicos, à proposta de privatização de bens essenciais como a água, ao encerramento de empresas públicas, aos despedimentos massivos na função pública e no privado. Considerando que a política deste governo a mando da União Europeia, da Troika e do capital financeiro, leva o povo e os trabalhadores deste país cada vez mais ao fundo. Considerando que a justiça não serve o povo português mas apenas os interesses dos que têm dinheiro. Considerando que esta democracia é uma farsa, não servindo quem devia – o povo. Vimos apelar aos sindicatos e às comissões de trabalhadores a convocatória urgente de uma greve geral nacional contra o acordo da Troika, contra o pagamento de uma dívida que o povo português não contraiu e da qual não retirou qualquer benefício, contra as privatizações que o governo pretende levar a cabo, nomeadamente das Águas de Portugal, TAP, CTT, CP, RTP e outras, contra a nova lei dos despedimentos, contra a precariedade imposta às nossas vidas e contra as medidas de austeridade impostas pelo governo do capital e que estão a destruir a vida das pessoas.

5) Realizar uma nova manifestação no dia 26 de Novembro, a partir das 15h, noMarquês de Pombal.

6) Juntar-nos a futuras mobilizações internacionais no espírito do 15 de Outubro, que juntou milhões hoje em mais de 1400 cidades e mais de 82 países.

7) Sendo que este dia não é, de maneira alguma, o fim da luta, pedimos a todos e a todas que se unam numa rede de pessoas e organizações activistas com direito à palavra, à proposta e ao voto, para continuarmos a luta política através de um movimento informal mas inclusivo e plural que aceita todas e todos que se revejam no seu manifesto.

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