segunda-feira, 23 de julho de 2012

Manife corta-relvas


Manifestantes pedem demissão de Relvas
É o segundo protesto numa semana a exigir a demissão do ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares

Fonte: TVI:  Redacção / PB | 23- 7- 2012 21: 23

Cerca de cem pessoas estavam reunidas esta segunda-feira, por volta das 20:00, em frente ao Parlamento para pedir a demissão do ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas. Esta é a segunda manifestação desta semana com o mesmo objetivo.

Tal como a primeira, esta concentração também foi convocada através da rede social Facebook e proposta pelo realizador Miguel Gonçalves Mendes. Vários manifestantes voltaram a empunhar cartazes pedindo «ética, respeito e retidão» aos «representantes eleitos da Nação».

Nas grades colocadas pela polícia junto à escadaria da Assembleia da República, os manifestantes deixaram também vários livros para serem entregues aos deputados. Foi ainda lida uma mensagem do jornalista Pedro Rosa Mendes, um dos cronistas do programa «Este Tempo», da Antena 1, cujo fim gerou polémica também com o ministro Miguel Relvas.

Na mensagem, o jornalista, ausente no estrangeiro, criticou o processo de licenciatura de Relvas e considerou que «nem tudo o que é legal é moral», exigindo a sua demissão.

O organizador da manifestação, Miguel Gonçalves Mendes, disse ainda que vai entregar uma petição em setembro no parlamento e que esta já conta com mais de 4700 assinaturas.

Em declarações à agência Lusa, Gonçalves Mendes afirmou que a iniciativa vai para além do caso da licenciatura do ministro e que o que está em causa é «pedir que este padrão de comportamento não se mantenha nos políticos portugueses».
«Não queremos que haja um 'Relvas 2', um 'Relvas 3' ou um 'Relvas 4' e que estes casos se repitam. Queremos acabar com esta bolha de autismo em que vivem os nossos representantes e com esta crise de valores que é transversal e vai da esquerda à direita», disse.

Os manifestantes, reunidos em frente ao parlamento desde as 19:00, ponderaram ainda deslocar-se até ao edifício novo da Assembleia da República, onde decorre o jantar de fim de sessão legislativa do grupo parlamentar do PSD com a presença de Pedro Passos Coelho, mas optaram por não o fazer para evitar «confusões» maiores.

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