fonte: Público
Agressões ao jovem alemão
PGR vai aguardar averiguações da PSP sobre agressões no dia da greve
28.11.2011 - 17:22 Por Rafaela Freitas
A plataforma dos “indignados” acusa o Governo de “práticas típicas de regimes autoritários e repressivos” (Rafael Marchante/Reuters)
A Procuradoria-Geral da República (PGR) anunciou hoje à Lusa que vai aguardar pelas averiguações da PSP relativamente ao vídeo das agressões ao jovem alemão no dia da greve geral. A Plataforma 15 de Outubro quer “repor publicamente a verdade dos factos”.Num comunicado enviado hoje à comunicação social, a plataforma dos “indignados” acusa o Governo da fabricação de factos e do emprego de “práticas típicas de regimes autoritários e repressivos”. De acordo com o documento, foi testemunhada a presença de elementos da polícia “não fardados e não identificados” entre os manifestantes, que “incitaram à violência por palavras e acções”.
De acordo com a Lusa, Renato Guedes, um dos responsáveis da Plataforma, tinha já sugerido que a PGR devia abrir um inquérito na sequência do vídeo das agressões ao jovem alemão. O “indignado” disse à Lusa que as imagens, visíveis na Internet e nas redes sociais, ilustram a “actuação vergonhosa” dos agentes policiais.
A Plataforma 15 de Outubro refere-se ainda, no mesmo comunicado, aos piquetes de greve, que diz terem sido “claramente atacados” por elementos da polícia “armados com caçadeiras e metralhadoras” e pela polícia de intervenção. A Plataforma assegura ter testemunhado factos que contrariam as afirmações públicas do ministro da Administração Interna que, avança o comunicado, “apoiou a acção policial e procurou dividir e criminalizar a luta conjunta” dos manifestantes.
Miguel Macedo, que por várias vezes elogiou a actuação da PSP, tinha ontem anunciado estar a “aguardar” pelo resultado das averiguações quanto ao mesmo vídeo. A PGR aguarda agora pelo mesmo, avança a Lusa, “antes de, eventualmente, abrir um inquérito, caso não surjam, entretanto, novos elementos.”
O que a Plataforma 15 de Outubro rejeita, na nota enviada à comunicação social, é “qualquer acusação de violência que lhe seja imputada”, bem como a “ficção conscientemente construída contra a grande mobilização social que vem ganhando força (…) contra a austeridade e em defesa da democracia”. Amanhã, frente ao Ministério da Administração Interna, os “indignados” apresentam a sua “posição oficial” sobre os acontecimentos do dia da greve.
Também o Grupo de Apoio Legal ao 24 de Novembro emitiu hoje uma nota que denuncia o “recurso a agentes infiltrados” pela PSP e alega “detenções arbitrárias, espancamentos e perseguições” no dia da greve geral. O grupo, criado para defender judicial e publicamente os detidos desse dia, menciona “testemunhos, vídeos e fotos” que documentam uma versão alegadamente alternativa à difundida pela comunicação social.
Relativamente ao jovem alemão que foi agredido, as informações policiais veiculadas pela imprensa adiantavam que estava já referenciado pela polícia dos dois países e que era uma pessoa perigosa. Segundo o que o documento do Grupo de Apoio Legal descreve, o jovem foi detido ilegalmente quando “procurava resistir a uma agressão” sem “perceber ainda o que lhe estava a acontecer”.
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fonte: TVI
Plataforma 15 de Outubro «repudia violência policial»
Para esta terça-feira, está marcada uma conferência de impresa, frente ao Ministério da Administração Interna
Por: Redacção / PP | 28- 11- 2011 14: 36
A Plataforma 15 de Outubro, que integra o movimento dos indignados,vai dar uma conferência de imprensa,na terça-feira, junto ao Ministério da Administração Interna, para «repudiar a violência policial» exercida sobre cidadãos que participaram na manifestação da passada quinta-feira.
Segundo a Plataforma 15 de Outubro, elementos policiais, fardados e à civil, estiveram presentes na manifestação realizada no dia da greve geral, entre o Marquês de Pombal e a Assembleia da República, a «incitaram à violência por palavras e acções», escreve a Lusa.
Na tarde de quinta-feira, alguns manifestantes tentaram, durante o protesto que decorreu em frente à Assembleia da República, subir as escadarias do edifício, o que motivou a intervenção policial e resultou em sete detidos e um agente ferido.
Entretanto, a PSP anunciou a abertura de um inquérito interno de averiguações sobre o vídeo das agressões a um jovem alemão após a manifestação.
O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, elogiou o trabalho da polícia, considerando que a PSP deu a resposta «ponderada, sensata e competente da PSP».
A Plataforma 15 de Outubro contesta as declarações do ministro e considera a acção policial «ilegítima» e «ilegal», sublinhando que também os piquetes de greve «foram claramente atacados por elementos da polícia armadas com caçadeiras e metralhadoras».
Para esta plataforma, o Governo pretende «criminalizar e julgar em praça pública os movimentos sociais e sindicais em luta conjunta contra as políticas de retrocesso social e histórico» em dia de greve geral.
O movimento diz ainda que o Governo adoptou «práticas típicas de regimes autoritários e repressivos, como o emprego de agentes provocadores entre manifestantes pacíficos, utilização indiscriminada de violência contra cidadãos de forma absolutamente avulsa, desproporcionada e ilegítima, ataque a piquetes de greve e detenção indiscriminada de transeuntes e manifestantes pacíficos».
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Diário de Notícias: Plataforma 15 de Outubro repudia violência policial
Sol: Plataforma 15 de Outubro concentra-se terça-feira no MAI
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