sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Pessimismo não paga dívidas

fonte: Porto 24

15 de Outubro: Organização não espera grande adesão à marcha do Porto
21:27 - 13.10.2011 Por Henrique Figueiredo


Organizadores esperam menor adesão do que ao protesto de 12 de Março. Foto: Arquivo

Este sábado, o Porto junta-se a uma série de manifestações de “indignados” a nível global. O ponto de encontro é a Praça da Batalha, com a manifestação a percorrer algumas das ruas da cidade.

Na memória está ainda o sucesso do protesto de 12 de Março organizado pela “Geração à Rasca”, que acabou por juntar dezenas de milhares de pessoas de idades e classes diferentes.

Mas os organizadores do protesto não têm grandes expectativas quanto à adesão da população. Até porque, diz João Vilela, um dos organizadores, houve uma “escassa divulgação do ponto de vista mediático” e, pior, os portugueses não acreditam que haja uma “alternativa às medidas que estão a ser tomadas”.

Ainda assim, pretendem fazer ouvir as suas ideias e propostas, principalmente quanto a uma democracia mais participativa, “transparência nas decisões políticas” e contra a precariedade laboral.

Paula Gil, um das fundadoras do movimento 12 de Março, elogia ideias que estão a surgir por todo o mundo, entre as quais uma que já está a ser aplicada no Brasil. “Passa pela criação de comités de cidadãos especialistas e outros elementos da sociedade civil, que possam contribuir com propostas e com a sua opinião”, explica.

Como na manifestação de 12 de Março, os organizadores rejeitam eventuais colagens de partidos políticos a esta manifestação. Mas “os partidos, tal como os sindicatos, são bem-vindos para se juntar à manifestação do 15 de Outubro”, diz Paula Gil. “Apenas todos juntos conseguiremos ultrapassar a crise”.
Fartos do “sistema”

Sandra Alves, de Santo Tirso, vai estar presente no protesto do Porto. Apesar de “pertencer ao quadro de pessoal efectivo de uma empresa”, já não vê o emprego como uma “garantia de segurança para a vida”.

João Neves, embora não considere estar no “limiar da pobreza”, confessa passar “dificuldades a maior parte do tempo”.

Algo une Sandra Alves e João Neves: o cansaço face ao “sistema”. Apesar de acreditar no “sistema de partidos políticos”, Sandra condena severamente as “manobras de bastidores” que diz imperarem na sociedade actual.

João tem esperança que “esta manifestação sirva para que toda a população comece a viver decentemente, com todas as necessidades básicas garantidas”.

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