Protesto saiu à rua em centenas de cidades
De Madrid a Nova Iorque por “uma mudança global”
15.10.2011 - 22:30 Por Isabel Gorjão Santos
Em Itália houve violentos confrontos ente grupos radicais e a polícia (Alessandro Bianchi/Reuters)
O protesto global contra as políticas financeiras e medidas de austeridade fez neste sábado sair à rua milhares de pessoas em mais de 900 cidades de cerca de 80 países. Nas ruas de Madrid estiveram dezenas de milhares pessoas, em Itália houve100 mil “indignados” e violentos confrontos. E em Londres os manifestantes tiveram o apoio de Julian Assange, o fundador da WikiLeaks.
Os protestos, inspirados pelos “indignados” que durante semanas acamparam na Puerta del Sol em Espanha e pelo Occuppy Wall Street que se instalou na Zuccotti Park de Nova Iorque, pretendiam ser pacíficos, como defendia o manifesto que os convocou. Foi assim em quase todas as cidades, mas de Itália chegaram notícias de violência e os confrontos causaram cerca de 70 feridos.
Vidros de janelas de bancos partidas, dois carros incendiados, um anexo do Ministério da Defesa atacado. Dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se no centro de Roma mas um grupo radical juntou-se aos protestos e houve confrontos com a polícia. Ao final do dia, a agência Ansa noticiou que pelo menos 70 pessoas ficaram feridas.
Um grupo de manifestantes atirou garrafas e cocktails molotov contra a polícia, que respondeu com gás lacrimogéneo e canhões de água. A meio da tarde foi incendiado um anexo do Ministério da Defesa e dois carros.
Nas ruas de Roma ouviram-se palavras de ordem como “Uma só solução, a revolução!” ou “Não somos bens nas mãos dos banqueiros”. Pouco após o início dos protestos a violência levou o presidente da autarquia de Roma, Gianni Alemanno, a ordenar o encerramento de todos os museus na capital italiana.
O protesto tinha começado de forma pacífica, mas tornou-se violento depois de se lhe terem juntando alguns manifestantes radicais do grupo “black blocs”. Houve incidentes perto do Coliseu, onde milhares de pessoas se manifestam contra a precariedade e o poder financeiro. Uma coluna de fumo elevou-se ao início da tarde naquele local, para onde foram mobilizados os bombeiros
Pouco depois do início da manifestação, pequenos grupos arremessaram sinais de trânsito contra as janelas de dois bancos, antes de fugirem e se confundirem com a multidão, conta a AFP. De acordo com a agência italiana Ansa, os manifestantes tentaram travar um outro grupo de agitadores, com máscaras negras, mas isso não impediu a violência. Pelo menos duas equipas do canal Sky Itália foram atacadas por manifestantes mascarados e foram queimadas bandeiras de Itália e dos Estados Unidos.
A polícia dispersou os manifestantes com gás lacrimogéneo na Piazza San Giovanni, no centro da cidade. Pierluigi Bersani, líder do Partido Democrático italiano, o líder da oposição, considerou “inaceitável a violência e devastação nas ruas de Roma”. Referindo-se aos grupos mais radicais, disse que “aqueles que estão a levar a cabo o que é nada menos do que guerrilha urbana estão a prejudicar a causa das pessoas de todo o mundo que estão a manifestar o seu descontentamento com a situação económica global.”
À margem de uma reunião do G20 em Paris, o governador do Banco de Itália, Mario Draghi, disse aos jornalistas que “os jovens têm razão em estar indignados”. E adiantou: “Estão em cólera contra o mundo das finanças, compreendo-os”.
O primeiro-ministro Silvio Berlusconi, que esta semana sobreviveu a uma moção de confiança no Parlamento, defendeu que os responsáveis pela violência devem ser identificados e punidos. O descontentamento em Itália subiu de tom depois de o Governo ter aplicado medidas de austeridade que rondam os 60 mil milhões de euros.
Assange em Londres
Em Londres o número de manifestantes não ultrapassou as 5000 pessoas, mas o protesto contou com a participação de Julian Assange, o fundador da WikiLeaks, responsável pela divulgação de documentos diplomáticos secretos que deram origem a artigos em vários jornais de todo o mundo.
“Há pessoas enviadas para Guantánamo em cumprimento da lei, há dinheiro a ser lavado nas ilhas Caimão e em Londres em cumprimento da lei. Este movimento não é pela destruição da lei mas pela construção da lei”, disse à multidão nos degraus da escadaria da Catedral de São Paulo.
Foi daí que um grupo de pessoas partiu em direcção ao edifício da Bolsa de Londres, com o objectivo de se manifestar naquele local, tendo sido travadas pela polícia e obrigadas a recuar. A Polícia Metropolitana de Londres confirmou à BBC que não houve distúrbios significativos mas que foram efectuadas duas detenções. Para além de Londres, também houve protestos em Bristol, Birmingham, Glasgow e Edimburgo.
O protesto global contra as políticas financeiras e medidas de austeridade fez neste sábado sair à rua milhares de pessoas em mais de 900 cidades de cerca de 80 países. Nas ruas de Madrid estiveram dezenas de milhares pessoas, em Itália houve100 mil “indignados” e violentos confrontos. E em Londres os manifestantes tiveram o apoio de Julian Assange, o fundador da WikiLeaks.
Os protestos, inspirados pelos “indignados” que durante semanas acamparam na Puerta del Sol em Espanha e pelo Occuppy Wall Street que se instalou na Zuccotti Park de Nova Iorque, pretendiam ser pacíficos, como defendia o manifesto que os convocou. Foi assim em quase todas as cidades, mas de Itália chegaram notícias de violência e os confrontos causaram cerca de 70 feridos.
Vidros de janelas de bancos partidas, dois carros incendiados, um anexo do Ministério da Defesa atacado. Dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se no centro de Roma mas um grupo radical juntou-se aos protestos e houve confrontos com a polícia. Ao final do dia, a agência Ansa noticiou que pelo menos 70 pessoas ficaram feridas.
Um grupo de manifestantes atirou garrafas e cocktails molotov contra a polícia, que respondeu com gás lacrimogéneo e canhões de água. A meio da tarde foi incendiado um anexo do Ministério da Defesa e dois carros.
Nas ruas de Roma ouviram-se palavras de ordem como “Uma só solução, a revolução!” ou “Não somos bens nas mãos dos banqueiros”. Pouco após o início dos protestos a violência levou o presidente da autarquia de Roma, Gianni Alemanno, a ordenar o encerramento de todos os museus na capital italiana.
O protesto tinha começado de forma pacífica, mas tornou-se violento depois de se lhe terem juntando alguns manifestantes radicais do grupo “black blocs”. Houve incidentes perto do Coliseu, onde milhares de pessoas se manifestam contra a precariedade e o poder financeiro. Uma coluna de fumo elevou-se ao início da tarde naquele local, para onde foram mobilizados os bombeiros
Pouco depois do início da manifestação, pequenos grupos arremessaram sinais de trânsito contra as janelas de dois bancos, antes de fugirem e se confundirem com a multidão, conta a AFP. De acordo com a agência italiana Ansa, os manifestantes tentaram travar um outro grupo de agitadores, com máscaras negras, mas isso não impediu a violência. Pelo menos duas equipas do canal Sky Itália foram atacadas por manifestantes mascarados e foram queimadas bandeiras de Itália e dos Estados Unidos.
A polícia dispersou os manifestantes com gás lacrimogéneo na Piazza San Giovanni, no centro da cidade. Pierluigi Bersani, líder do Partido Democrático italiano, o líder da oposição, considerou “inaceitável a violência e devastação nas ruas de Roma”. Referindo-se aos grupos mais radicais, disse que “aqueles que estão a levar a cabo o que é nada menos do que guerrilha urbana estão a prejudicar a causa das pessoas de todo o mundo que estão a manifestar o seu descontentamento com a situação económica global.”
À margem de uma reunião do G20 em Paris, o governador do Banco de Itália, Mario Draghi, disse aos jornalistas que “os jovens têm razão em estar indignados”. E adiantou: “Estão em cólera contra o mundo das finanças, compreendo-os”.
O primeiro-ministro Silvio Berlusconi, que esta semana sobreviveu a uma moção de confiança no Parlamento, defendeu que os responsáveis pela violência devem ser identificados e punidos. O descontentamento em Itália subiu de tom depois de o Governo ter aplicado medidas de austeridade que rondam os 60 mil milhões de euros.
Assange em Londres
Em Londres o número de manifestantes não ultrapassou as 5000 pessoas, mas o protesto contou com a participação de Julian Assange, o fundador da WikiLeaks, responsável pela divulgação de documentos diplomáticos secretos que deram origem a artigos em vários jornais de todo o mundo.
“Há pessoas enviadas para Guantánamo em cumprimento da lei, há dinheiro a ser lavado nas ilhas Caimão e em Londres em cumprimento da lei. Este movimento não é pela destruição da lei mas pela construção da lei”, disse à multidão nos degraus da escadaria da Catedral de São Paulo.
Foi daí que um grupo de pessoas partiu em direcção ao edifício da Bolsa de Londres, com o objectivo de se manifestar naquele local, tendo sido travadas pela polícia e obrigadas a recuar. A Polícia Metropolitana de Londres confirmou à BBC que não houve distúrbios significativos mas que foram efectuadas duas detenções. Para além de Londres, também houve protestos em Bristol, Birmingham, Glasgow e Edimburgo.
Em Madrid, o berço dos “indignados” espanhóis, juntaram-se milhares de pessoas nos quarteirões em redor da Puerta del Sol. A adesão ao movimento “demonstra que se trata de uma questão que não diz apenas respeito a Espanha mas ao mundo inteiro, uma vez que a crise é global e os mercados actuam à escala global”, disse um porta-voz dos “indignados”, Jon Aguirre Such. Na capital espanhola ouviu-se gritar “Queremos recuperar a democracia” ou “São sempre os mesmos que ganham.”
“Culpados” foi a palavra escolhida pelos manifestantes em Barcelona para inscrever na parede do edifício da bolsa. Na noite de sexta-feira, dezenas de indignados tinham ocupado a Faculdade de Geografia e História e os átrios dos principais hospitais da capital da Catalunha, Dos de Maig, San Pau e Bellvitge. As ocupações, que não provocaram incidentes, foram levadas a cabo como protesto pelos cortes em Educação e Saúde decididos pela Generalitat, o Governo Autónomo da Catalunha.
“Até à vitória”, ao som de John Lennon
Na Alemanha, milhares de pessoas manifestam-se em frente ao Banco Central Europeu em Frankfurt, e também em Berlim saíram à rua perto de 10 mil pessoas que tentaram acampar mas foram impedidas pela polícia.
Em Bruxelas, que se previa ser um dos pontos centrais dos protestos na Europa, saíram à rua entre 6000 e 6500 pessoas, segundo os números avançados pela polícia. A manifestação foi pacífica. Por volta das 18h30 locais (17h30 em Lisboa), os manifestantes aproximavam-se do ponto derradeiro da marcha – a Praça de Schuman, em frente ao edifício da Comissão Europeia.
Os protestos na Holanda juntaram cerca de 2000 pessoas em Amesterdão e noutras cidades, como Haia ou Roterdão, segundo o El País. Ouviu-se gritar “Continuaremos até à vitória” ao som de Imagine, de John Lennon.
Também em Atenas cerca de 5000 pessoas entoaram palavras de ordem em frente ao Parlamento, contra a União Europeia e o FMI. Naquele que é um dos países da Europa mais afectados por duras medidas de austeridade, os protestos decorreram neste sábado num ambiente festivo. Agitaram-se bandeiras gregas na praça Syntagma de Atenas e cantou-se o hino nacional.
“Eu vim aqui para que a força do povo se possa ouvir”, disse à AFP Evgénia Katoufa, de 43 anos, uma jornalista da televisão pública grega que está em greve. E entre palavras de ordem contra a crise também houve aplausos para um grupo de sírios que subiu ao palco, de bandeira na mão, a gritar “Liberdade para a Síria”.
Os “99% em Nova Iorque
Do outro lado do atlântico, em Nova Iorque, onde desde 17 de Setembro o movimento Occuppy Wall Street está acampado na Zuccotti Park, mais de 2000 pessoas manifestaram-se no coração financeiro da cidade perante uma forte presença policial.
“Somos os 99%”, voltou a ouvir-se gritar. O slogan, que já se tornou num lema do movimento, contesta a minoria de que fazem parte os banqueiros e milionários que os “indignados” acusam de ser responsáveis por esta crise.
Ao som de trombetas e a acenar bandeiras norte-americanas, os manifestantes desfilaram em frente a várias sucursais bancárias. “Os bancos foram resgatados, nós fomos liquidados”, diziam. Uma manifestante de 36 anos, Sarah Macmillan, fez parte de um grupo que se vestiu a rigor, com roupas compradas em segunda mão mas a imitar os banqueiros. “Estamos fartos de que nos digam que estamos sujos, que nos julguem pela nossa aparência, Por isso vamos bem vestidos hoje”, disse ao El País.
Pelo menos 24 pessoas foram detidas por “desordem pública”, segundo responsáveis da polícia citados pela Reuters. Os manifestantes desfilaram em direcção a Times Square, ao final da tarde.O protesto do movimento já tinha alastrado nos últimos dias a várias cidades dos EUA, e agora milhares de pessoas voltaram às ruas de Washington, incluindo representantes de sindicatos e de organizações de defesa dos direitos civis. Ao final da manhã juntaram-se em frente à Casa Branca para protestar contra a “máfia financeira” e o desemprego.
“De geração em geração, continuamos a marchar”, disse um porta-voz da associação de defesa dos direitos civis National Action Network. “Ocupem Washington, Ocupem Wall Street! Viemos devolver o nosso país ao povo!”.
Os protestos decorreram também em algumas cidades da Ásia. Centenas de pessoas desfilaram nas ruas da Nova Zelândia, e também na Austrália cerca de 2000 pessoas, incluindo representantes de grupos aborígenes e sindicatos, manifestaram-se em frente ao Banco Central em Sydney, adiantou a BBC.
Nas Filipinas, Coreia do Sul, Taiwan, Hong Kong e Tóquio também houve manifestações. O protesto foi global e o manifesto que fez milhares de pessoas sair à rua tinha sido traduzido para 18 línguas.
“Culpados” foi a palavra escolhida pelos manifestantes em Barcelona para inscrever na parede do edifício da bolsa. Na noite de sexta-feira, dezenas de indignados tinham ocupado a Faculdade de Geografia e História e os átrios dos principais hospitais da capital da Catalunha, Dos de Maig, San Pau e Bellvitge. As ocupações, que não provocaram incidentes, foram levadas a cabo como protesto pelos cortes em Educação e Saúde decididos pela Generalitat, o Governo Autónomo da Catalunha.
“Até à vitória”, ao som de John Lennon
Na Alemanha, milhares de pessoas manifestam-se em frente ao Banco Central Europeu em Frankfurt, e também em Berlim saíram à rua perto de 10 mil pessoas que tentaram acampar mas foram impedidas pela polícia.
Em Bruxelas, que se previa ser um dos pontos centrais dos protestos na Europa, saíram à rua entre 6000 e 6500 pessoas, segundo os números avançados pela polícia. A manifestação foi pacífica. Por volta das 18h30 locais (17h30 em Lisboa), os manifestantes aproximavam-se do ponto derradeiro da marcha – a Praça de Schuman, em frente ao edifício da Comissão Europeia.
Os protestos na Holanda juntaram cerca de 2000 pessoas em Amesterdão e noutras cidades, como Haia ou Roterdão, segundo o El País. Ouviu-se gritar “Continuaremos até à vitória” ao som de Imagine, de John Lennon.
Também em Atenas cerca de 5000 pessoas entoaram palavras de ordem em frente ao Parlamento, contra a União Europeia e o FMI. Naquele que é um dos países da Europa mais afectados por duras medidas de austeridade, os protestos decorreram neste sábado num ambiente festivo. Agitaram-se bandeiras gregas na praça Syntagma de Atenas e cantou-se o hino nacional.
“Eu vim aqui para que a força do povo se possa ouvir”, disse à AFP Evgénia Katoufa, de 43 anos, uma jornalista da televisão pública grega que está em greve. E entre palavras de ordem contra a crise também houve aplausos para um grupo de sírios que subiu ao palco, de bandeira na mão, a gritar “Liberdade para a Síria”.
Os “99% em Nova Iorque
Do outro lado do atlântico, em Nova Iorque, onde desde 17 de Setembro o movimento Occuppy Wall Street está acampado na Zuccotti Park, mais de 2000 pessoas manifestaram-se no coração financeiro da cidade perante uma forte presença policial.
“Somos os 99%”, voltou a ouvir-se gritar. O slogan, que já se tornou num lema do movimento, contesta a minoria de que fazem parte os banqueiros e milionários que os “indignados” acusam de ser responsáveis por esta crise.
Ao som de trombetas e a acenar bandeiras norte-americanas, os manifestantes desfilaram em frente a várias sucursais bancárias. “Os bancos foram resgatados, nós fomos liquidados”, diziam. Uma manifestante de 36 anos, Sarah Macmillan, fez parte de um grupo que se vestiu a rigor, com roupas compradas em segunda mão mas a imitar os banqueiros. “Estamos fartos de que nos digam que estamos sujos, que nos julguem pela nossa aparência, Por isso vamos bem vestidos hoje”, disse ao El País.
Pelo menos 24 pessoas foram detidas por “desordem pública”, segundo responsáveis da polícia citados pela Reuters. Os manifestantes desfilaram em direcção a Times Square, ao final da tarde.O protesto do movimento já tinha alastrado nos últimos dias a várias cidades dos EUA, e agora milhares de pessoas voltaram às ruas de Washington, incluindo representantes de sindicatos e de organizações de defesa dos direitos civis. Ao final da manhã juntaram-se em frente à Casa Branca para protestar contra a “máfia financeira” e o desemprego.
“De geração em geração, continuamos a marchar”, disse um porta-voz da associação de defesa dos direitos civis National Action Network. “Ocupem Washington, Ocupem Wall Street! Viemos devolver o nosso país ao povo!”.
Os protestos decorreram também em algumas cidades da Ásia. Centenas de pessoas desfilaram nas ruas da Nova Zelândia, e também na Austrália cerca de 2000 pessoas, incluindo representantes de grupos aborígenes e sindicatos, manifestaram-se em frente ao Banco Central em Sydney, adiantou a BBC.
Nas Filipinas, Coreia do Sul, Taiwan, Hong Kong e Tóquio também houve manifestações. O protesto foi global e o manifesto que fez milhares de pessoas sair à rua tinha sido traduzido para 18 línguas.
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