Lida no início da assembleia popular de S. Bento, dia 15 de Outubro, às 19h
PROPOSTA CONJUNTA
Os grupos subscritores do manifesto do 15 de Outubro, que reuniram a 5 de Outubro para preparar esta manifestação em Lisboa e para propor a continuidade deste movimento internacional, vêm apresentar a esta Assembleia Popular a proposta aprovada para prosseguir esta luta contra a situação absolutamente inaceitável que nos dizem ser inevitável:
1) Apelar a todas as forças sociais, pessoas organizadas ou não, movimentos sociais, sindicatos, que se unam a esta luta internacional, que expressa a voz dos povos da Europa e do Mundo contra este regime económico e político de suicídio, profundamente antidemocrático, cuja consequência final é a destruição das sociedades e da vida das pessoas.
2) Ocupar esta praça de São Bento até amanhã, reunindo nova Assembleia Popular às 19h.
3) Apelar a iniciativas populares de desobediência civil pacífica, expressando a nossa contestação diária ao futuro negro que os ricos nos dizem ser o único possível.
4) Considerando as políticas económicas e sociais deste governo, em tudo idênticas, mas ainda mais agravadas em relação aos governos anteriores, no que diz respeito ao encerramento de escolas e centros de saúde, à destruição do Serviço Nacional de Saúde, ao aumento das tarifas dos transportes públicos, à proposta de privatização de bens essenciais como a água, ao encerramento de empresas públicas, aos despedimentos massivos na função pública e no privado. Considerando que a política deste governo a mando da União Europeia, da Troika e do capital financeiro, leva o povo e os trabalhadores deste país cada vez mais ao fundo. Considerando que a justiça não serve o povo português mas apenas os interesses dos que têm dinheiro. Considerando que esta democracia é uma farsa, não servindo quem devia – o povo. Vimos apelar aos sindicatos e às comissões de trabalhadores a convocatória urgente de uma greve geral nacional contra o acordo da Troika, contra o pagamento de uma dívida que o povo português não contraiu e da qual não retirou qualquer benefício, contra as privatizações que o governo pretende levar a cabo, nomeadamente das Águas de Portugal, TAP, CTT, CP, RTP e outras, contra a nova lei dos despedimentos, contra a precariedade imposta às nossas vidas e contra as medidas de austeridade impostas pelo governo do capital e que estão a destruir a vida das pessoas.
5) Realizar uma nova manifestação no dia 26 de Novembro, a partir das 15h, noMarquês de Pombal.
6) Juntar-nos a futuras mobilizações internacionais no espírito do 15 de Outubro, que juntou milhões hoje em mais de 1400 cidades e mais de 82 países.
7) Sendo que este dia não é, de maneira alguma, o fim da luta, pedimos a todos e a todas que se unam numa rede de pessoas e organizações activistas com direito à palavra, à proposta e ao voto, para continuarmos a luta política através de um movimento informal mas inclusivo e plural que aceita todas e todos que se revejam no seu manifesto.
fonte: 15deoutubro.net
Sem comentários:
Enviar um comentário