sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A cantiga é uma arma

fonte: Público

Indignados
Cantores Jorge Palma e José Mário Branco associam-se a manifestação de sábado em Lisboa
14.10.2011 - 16:49 Por Lusa

Os cantores Jorge Palma e José Mário Branco anunciaram a participação no “protesto apartidário” que se realiza no sábado em Lisboa, entre a rotunda Marquês de Pombal e a Assembleia da República, disse hoje uma porta-voz da organização.

Margarida Vale de Gato afirmou à agência Lusa que ainda que os escritores Hélia Correria e José Luís Peixoto também se irão associar à manifestação internacional, que se insere numa jornada que decorre em outras sete cidades portuguesas e em 81 outros países de diferentes continentes para “pedir uma autêntica democracia”.

“Pela Democracia participativa”, “pela transparência nas decisões políticas” e “pelo fim da precariedade de vida” são os lemas do protesto que também se realiza em Angra do Heroísmo, Braga, Évora, Faro, Porto, Coimbra e Santarém.

Em Lisboa, no final do desfile, realiza-se uma assembleia popular em frente ao Parlamento, a partir das 19:00, onde vai ser debatida uma “auditoria cidadã” à dívida pública, entre outras propostas anunciadas pelos cerca de 30 movimentos e associações que promovem a jornada em Portugal.

Terminar o desfile na Assembleia da República é “simbólico” e pretende lembrar os deputados de que a voz dos cidadãos tem de ser ouvida. “As políticas têm que ser discutidas com as pessoas”, afirmou Paula Gil, outra organizadora do protesto.

A sociedade portuguesa é actualmente atingida por uma “situação insustentável, de agressão directa às pessoas, em que o Estado se comporta como se o seu primeiro objectivo fosse a protecção dos credores e dos mercados e não a protecção das pessoas”, defendeu esta activista numa entrevista à Lusa.

Os promotores querem que o protesto “apartidário, laico e pacífico” sirva para mostrar a ”indignação e protesto face ao actual modelo de governação política, económica e social”.

É um “modelo que não nos serve, que nos oprime e não nos representa”, afirmam no manifesto que sustenta a jornada.

Na quinta-feira à noite, depois do discurso ao país onde o primeiro-ministro anunciou mais medidas de austeridade como o corte dos subsídios de natal e de férias aos funcionários públicos que ganhem mais de mil euros nos próximos dois anos e o agravamento de impostos, a plataforma organizadora do protesto emitiu uma nota de imprensa onde diz que “a austeridade atingiu um pico histórico em Portugal” e apelam: “indigna-te e mobiliza os teus para o protesto deste sábado”.

Hoje à tarde, a partir das 17h30, realiza-se na Praça do Rossio, em Lisboa, a iniciativa "Pinta o teu 15 de Outubro" para preparar cartazes e faixas para a manifestação de sábado.

Sem comentários:

Enviar um comentário