Manifestantes apresentaram propostas
Próximo protesto marcado para dia de votação do orçamento
17.10.2011 - 14:42 Por Catarina Gomes
Protesto terminou com assembleia popular em frente ao Parlamento (Miguel Manso)
A manifestação do 15 de Outubro terá sido uma das maiores realizadas em Portugal no início de um mandato político, afirma João Labrincha, um dos organizadores do grande protesto do 12 de Março que também participou na de sábado, recordando que a manifestação de há sete meses coincidiu com o final do ciclo governação de José Sócrates. A próxima está marcada para o dia de votação do orçamento na generalidade.
Segundo a organização, terão estado na rua cerca de 100 mil pessoas só em Lisboa, as autoridades não avançaram com estimativas mas o jornal espanhol El Pais falava de apenas 30 mil.
“No início de um ciclo político costuma haver esperança”, diz João Labrincha, notando que na campanha eleitoral houve promessas que foram quebradas, como a de não aumentar impostos e de não cortar no subsídio de Natal. “Muita gente está a perder a esperança na nova governação”.
O próximo protesto já tem data marcada: o dia da votação na generalidade do próximo orçamento de Estado, refere o comunicado que resultou da assembleia popular com que culminou o protesto de sábado. No documento enviado às redacções lê-se: ““Próxima Paragem: Parar o Orçamento-Cercar o Parlamento!”. A discussão na generalidade está marcada para dia 27 deste mês.
“Estamos pedir à população portuguesa que se concentre à volta do Parlamento para impedir que seja aprovado um orçamento que lhes destrua a vida”, afirma Délio Figueiredo, que integra o Movimento de Professores e Educadores Renovar, Refundar, Rejuvescer (3R’s), um dos 37 movimentos que constituíram a plataforma organizadora da manifestação.
Délio Figueiredo, professor desempregado de 30 anos, afirma que “o balanço foi claramente positivo” e “foi único” porque terminou numa assembleia popular onde pediram a palavra perto de 100 pessoas, dos milhares que ainda se encontravam no local ao final do dia, relata. “Muitos dos movimentos que assinaram o manifesto do 15 de Outubro partem da crítica que não basta uma manifestação, a assembleia popular é o coração deste protesto. É mais democrático que um discurso único de 50 minutos”. O próximo protesto também vai ser seguido de uma assembleia popular de onde deverão sair propostas concretas.
Na “assembleia” de sábado votou-se “a suspensão do pagamento da dívida”, assim como a exigência de uma auditoria cidadã às contas públicas, que, explica Délio Figueiredo, implicaria que as contas fossem escrutinadas não por um órgão como o Tribunal de Contas, por ter membros nomeados pelo PS e PSD, mas por especialistas independentes. Outra das propostas foi o apelo aos sindicatos para uma greve geral e acções de desobediência civil pacífica.
O documento diz ainda que estão “contra o pagamento de uma dívida que o povo português não contraiu e da qual não retirou qualquer benefício”, contra as privatizações que o governo pretende levar a cabo, nomeadamente das Águas de Portugal, TAP, CTT, CP, RTP e outras, contra a nova lei dos despedimentos, contra a precariedade imposta às nossas vidas e contra as medidas de austeridade impostas pelo governo do capital, que estão a destruir a vida das pessoas.
O protesto de sábado realizou-se também em 951 cidades e 82 países, refere a organização.
A manifestação do 15 de Outubro terá sido uma das maiores realizadas em Portugal no início de um mandato político, afirma João Labrincha, um dos organizadores do grande protesto do 12 de Março que também participou na de sábado, recordando que a manifestação de há sete meses coincidiu com o final do ciclo governação de José Sócrates. A próxima está marcada para o dia de votação do orçamento na generalidade.
Segundo a organização, terão estado na rua cerca de 100 mil pessoas só em Lisboa, as autoridades não avançaram com estimativas mas o jornal espanhol El Pais falava de apenas 30 mil.
“No início de um ciclo político costuma haver esperança”, diz João Labrincha, notando que na campanha eleitoral houve promessas que foram quebradas, como a de não aumentar impostos e de não cortar no subsídio de Natal. “Muita gente está a perder a esperança na nova governação”.
O próximo protesto já tem data marcada: o dia da votação na generalidade do próximo orçamento de Estado, refere o comunicado que resultou da assembleia popular com que culminou o protesto de sábado. No documento enviado às redacções lê-se: ““Próxima Paragem: Parar o Orçamento-Cercar o Parlamento!”. A discussão na generalidade está marcada para dia 27 deste mês.
“Estamos pedir à população portuguesa que se concentre à volta do Parlamento para impedir que seja aprovado um orçamento que lhes destrua a vida”, afirma Délio Figueiredo, que integra o Movimento de Professores e Educadores Renovar, Refundar, Rejuvescer (3R’s), um dos 37 movimentos que constituíram a plataforma organizadora da manifestação.
Délio Figueiredo, professor desempregado de 30 anos, afirma que “o balanço foi claramente positivo” e “foi único” porque terminou numa assembleia popular onde pediram a palavra perto de 100 pessoas, dos milhares que ainda se encontravam no local ao final do dia, relata. “Muitos dos movimentos que assinaram o manifesto do 15 de Outubro partem da crítica que não basta uma manifestação, a assembleia popular é o coração deste protesto. É mais democrático que um discurso único de 50 minutos”. O próximo protesto também vai ser seguido de uma assembleia popular de onde deverão sair propostas concretas.
Na “assembleia” de sábado votou-se “a suspensão do pagamento da dívida”, assim como a exigência de uma auditoria cidadã às contas públicas, que, explica Délio Figueiredo, implicaria que as contas fossem escrutinadas não por um órgão como o Tribunal de Contas, por ter membros nomeados pelo PS e PSD, mas por especialistas independentes. Outra das propostas foi o apelo aos sindicatos para uma greve geral e acções de desobediência civil pacífica.
O documento diz ainda que estão “contra o pagamento de uma dívida que o povo português não contraiu e da qual não retirou qualquer benefício”, contra as privatizações que o governo pretende levar a cabo, nomeadamente das Águas de Portugal, TAP, CTT, CP, RTP e outras, contra a nova lei dos despedimentos, contra a precariedade imposta às nossas vidas e contra as medidas de austeridade impostas pelo governo do capital, que estão a destruir a vida das pessoas.
O protesto de sábado realizou-se também em 951 cidades e 82 países, refere a organização.
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