O livro de história do século XX prometido pelo M12M a Angela Merkel, na sequência das declarações sobre a perda de soberania como castigo aos países da UE que não cumpram os critérios de convergência, foi recebido esta manhã em mãos por Helmut Elfenkämper, o Embaixador alemão em Lisboa, que se comprometeu a remetê-lo à chanceler.
O Movimento 12 de Março - M12M envia aviso à governante alemã dizendo que a História não se repete. Desta vez, não nos rendemos!
A chanceler alemã Angela Merkel ameaçou os países da zona euro que não cumpram os critérios de estabilidade, dizendo que deveriam ser castigados com a perda de soberania.
Desde as investidas nazis, nunca nenhum governante proferiu tamanha ameaça, pondo em causa a independência e o direito à igualdade formal entre os estados consagrado no Direito Internacional.
O Movimento 12 de Março lança um desafio à governante para que estude a História recente do seu país e as implicações que este tipo de afirmações bélicas tiveram no passado. Apesar das medidas de austeridade e da precariedade laboral em que vivemos, o Movimento 12 de Março está disposto a fazer o esforço de comprar uma Enciclopédia de História do Século XX para oferecer a Frau Merkel.
Sabemos que a maioria das pessoas na Alemanha não se revê nestas palavras e se sente envergonhada pela perpetuação de um preconceito relativamente aos alemães enquanto povo xenófobo que estes discursos ajudam a alimentar. Esse preconceito não é generalizável, mas antes confirmado pela excepção que a Senhora Merkel representa.
Este é mais um ataque ao projecto de integração europeia, uma subversão daquilo que foi desenhado pelos seus “pais-fundadores”, e um severo assalto às mais básicas regras de convivência democrática entre estados soberanos.
Estas declarações são um exemplo daquilo que mais repudiamos na degeneração dos sistemas democráticos actuais. É por acreditarmos que a Democracia é um processo dinâmico pelo qual é preciso lutar diariamente, com participação activa e continua de todas as pessoas, que no dia 15 de Outubro, em Portugal como em todo o Mundo, a “Democracia sai à rua”, num protesto internacional, e nós saímos com ela!
Desta vez não nos rendemos!
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